quarta-feira, 25 de julho de 2012

Enchendo Linguiça: Oitocentas e quarenta páginas

Sabe, certo dia me criticaram porque eu lia um livro que não era nem um pouco querido por todos que o possuíam naquele momento. Bom, o livro não era nem um pouco querido por quê? Eu poderia dar meus palpites, talvez porque a grande maioria só tinha preguiça por causa de seu tamanho um tantinho maior do que o que seria considerado normal para eles. São oitocentas e quarenta páginas. Mais de oitocentos postos de conteúdo prontos para seres explorados da forma que o leitor achar melhor: o que é característica de qualquer livro, claro, com mais ou menos desse número.
Pois então. Julgar um livro pela capa é péssimo, mas o cúmulo de qualquer falta básica de conhecimento é perceber que existem pessoas que julgam um livro simplesmente porque ele tem certo número de páginas. Já vi muita gente deixar de ler algo sobre assunto de seu gosto porque tinha página demais. Ao contrário do tema desse post, encher linguiça é uma coisa muito chata, mas convenhamos que só descobriremos a encheção de linguiça se pararmos para ver o conteúdo.
E é por isso que ler é a melhor forma de descobrir se a leitura vai ser boa, adequada ou não. Ler um livro de oitocentas e quarenta páginas pode ser bom para mim e péssimo para você. Mas será que seria péssimo para você apenas porque são de um número grande de páginas? Não seria justo que fosse ao menos péssimo porque o conteúdo - esse sim sendo importante - não lhe agrada? O que importa não seria o conteúdo, dane-se se com uma única ou milhares de páginas?
Talvez seja por isso que muita gente se coloca no direito de reclamar que não aprende as coisas, tem muito conteúdo disponível para assimilar porém está preocupado com o tanto de páginas. Bom, o ato de não conseguir aprender sem tentar aprender dispensa comentários. Leia pouco, leia muito, leia o quanto puder... Leia! 

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