quarta-feira, 28 de março de 2012

A cadeia montanhosa


Compartilhamos nossas vivas com sete bilhões de outras vidas.  
Sete bilhões...
E ainda tem gente achando que não precisa lembrar da existência de mais ninguém. Tem gente achando que, quando seus desejos se realizam, estará feliz. Mas não... Nossa vida é como uma cadeia montanhosa: com altos e baixos. Só conseguimos chegar no alto se tivermos força suficiente para isso. E é difícil. Precisamos de ajuda. Existem outras pessoas.
Experimente agora preocupar-se apenas com você, esquecer que as pessoas a sua volta muitas vezes necessitam, nem que seja de um único "bom dia" seu. Compre assustadoramente, destrua a natureza, exiba-se, esqueça o "resto". Isso é fácil, parece que a subida até o alto das montanhas está cada vez mais fácil. Mas uma hora você cai. A lei da gravidade só é anulada se outra força te impedir de cair. Nesse caso a força não existe, você conseguiu tudo fácil demais para tê-la.
E sempre haverá pessoas que sabem que sem outras não vivem. Ninguém vive sem ninguém, somos sete bilhões. Sete! E essas pessoas saberão que às vezes apenas o ato de estar junto, de conviver, é melhor do que qualquer outra coisa. E isso é um empurrão para cima, e dê valor, dê valor àquelas pessoas que insistem em te perguntar se está tudo bem, em saber dos seus sofrimentos, para te ajudar a superar as dificuldades. Não se sinta com orgulho na hora de compartilhar seus sentimentos, seus desejos. Outras pessoas são outras personalidades, outras faces de nós mesmos.
Quem se prontifica a ser falso ajudando os outros na escalada, não conseguirá chegar lá em cima. Não conseguirá enxergar o pôr-do-sol como quer, mas apenas um risco de luz entremeado a uma visão triste. Pois esses também não estão nem aí para os outros. E vão cair.
Estar no alto da montanha é conseguir realizar-se, se sentir verdadeiramente realizado. E engana-se quem acha que o topo é pequeno demais para que caibam tanta gente. Tem espaço para todo mundo. Tudo está na nossa imaginação. E engana-se quem acha que para chegar ao topo tem que seguir dogmas, regras e religiões. Não, esse topo é o seu topo, a sua realização, está na sua mente, mas é mais real e faz mais bem do que qualquer outra coisa, e você deve chegar lá ainda vivo.
Mas verdadeiramente só se chega lá se realmente o mal não tiver sido feito a ninguém mais, pois todos merecem esse lugar, e o mal é uma droga, e como o nome já diz, não faz bem. Não sobe.
E a vida acaba, de um jeito ou de outro, algum dia. Mas você tem o direito de escolher como: no fundo sem ter noção do que vê, sem expectativas, sem lembrar que existem outros, ou no topo, realizado, de bem com todas as pessoas...
Sete bilhões de pessoas...

sábado, 24 de março de 2012

Enchendo Linguiça: Decaindo sem sentido

Aqui, como quem não quer nada, somos treze. De treze, doze. De doze, onze. De onze, dez. De dez, nove. De nove, dez, porque de oito para menos é humilhação. Seríamos então seres irracional se achando suficientemente racionais a ponto de voarmos? E por acaso nós voamos? Sempre tem alguma coisa inventada por nós que voa para nós. Isso é fato verídico e confirmado por fontes históricas.
Se as frases ditas têm poder de mostrar algo que teria sido abandonado, isso faz sentido. Se as frases não perdidas disserem que algo foi abandonado, serão também frases mentirosas. Frases idiotas. De dez, voltamos para o nove, de nove, nos tornamos oito, e de oito, sete. Passamos a nos sentir verdadeiras merdas achatadas num campo de cimento que ilumina a mente pessoal.
E o rebaixamento pessoal da mente caricata chega a um nível internacional. Crises, desumanidades em contradição com a população completamente não-humana que se lida com as capacidades e pressões do dia-a-dia de forma a sobreviver. E a sobrevivência se torna difícil, almejada, do fundo do lixo, como se fosse normal. Mas é normal, qualquer ser chamado de irracional sobrevive. Nós somos humanos, que droga! De sete, somos seis, de seis, somos cinco, de cinco, somos quatro.
E as coisas não parecem bem. Vírus, ele sim, minúsculo em seu ser microscópico, consegue melhor que ninguém ser o rei da morte. E ele mata mesmo, tome cuidado. Sim, podemos ter cuidado, devemos ter cuidado. Se o perigo de morrer assassinado por outro ser humano é grande, não deixa de ser grande porque é um vírus. De quatro, somos três, e de três, dois.
Uma unha quebrada, bolsa rasgada, meu cinto que arrebentou. Um computador falho, o dia trinta de fevereiro que deixa todas as pessoas intrigadas. A poluição sonora, o conceito sociológico de pecado interligado às mentes pacíficas pré socráticas desumanas da feiura plena. De dois, nos tornamos apenas um. E de um, zero.

Nada mais.

diminuindo sempre... aumentar?

sexta-feira, 23 de março de 2012

Conforto

Depois do dia de hoje, sabendo que hoje é um dia especial para que as coisas fiquem do jeito que estão, sugiro o texto a seguir. Perdoe-me, leitor, se o texto que se segue é algo muito pessoal e fora dos padrões daqui. Mas é necessário...
Como dormir numa noite em que você não sabe se foi feliz, ou se não foi? Como se deitar num travesseiro pensando que às vezes tem alguém do outro lado que também não sabe? Como se imaginar capaz de fazer alguém feliz quando seu coração dói, quando você se sente destruído emocionalmente, mesmo quando não precisa estar assim?
Fingir estar feliz às vezes nos traz um conforto disfarçado que na verdade não ajuda em nada. Olhar para as pessoas e não poder contar nossos sentimentos, olhar para quem está ao seu lado todo o tempo e não poder compartilhar de suas angústias, seus medos. Às vezes quem está longe, mas aquela pessoa com que você realmente se sente realizado, com quem seu coração se conforta, e seja quem for, esse alguém sempre te confortará.
As mágoas vêm, mas passam, o pesar é algo que se conforta com o tempo. Ah, o tempo, o que seríamos de nós sem esse senhor da razão? Quem seríamos se não pudéssemos contar com a capacidade do tempo de nos fazer sentir melhor, a cada vez que ele dá suas passadas? 
Existe uma música que diz assim "Entenda claramente, fechar-se seria o pior crime de todos*". Por isso, abrir o coração é algo que não é corriqueiro e simples. É algo que tem de ser feito. Mas faça-o com quem realmente estará lá para dizer que lhe escutará.
O amor supera tudo, e está superando, e superará, e superou. E assim será. Para todo e sempre. Que superemos nossas tristezas passageiras e sejamos felizes, isso é o que importa. E no que depender, a felicidade estará ao lado de quem amamos...

(E.T.A. H.A.P.)

(* "Understand so clearly: to shut yourself up would be the hugest crime of them all" - Björk [Pneumonia])

segunda-feira, 19 de março de 2012

Nada além de dizer

Hoje em dia vemos que revoltar-se com o mundo parece mais fácil do que antigamente. Mas antigamente as pessoas realmente se revoltavam com o mundo.
Um sonho, uma vontade de que as coisas melhores, aquela chance de mostrar que o mundo pode ser melhor. Mas cadê? Cadê aquela força de vontade que existia quando realmente as pessoas eram oprimidas? Não é porque a opressão diminuiu que ela acabou, ou que as coisas estão certas. Muito pelo contrário, tem muita coisa errada por aí. Tem muita gente esquecida por quem realmente deveria cuidar delas. Tem muita gente que está sem o mínimo que deveria ter para sobreviver ao menos dignamente como verdadeiros seres vivos que somos.
Mas nem isso tem. E aí realmente aparecem aqueles "revoltadinhos de facebook", aquelas pessoas que só querem aparecer, darem uma de revoltados quando na realidade quando saem do computador e de casa não olham para o lado quando veem alguém necessitando de alguma coisa. Pessoas que falam mal de todo tipo de político na Internet mas na prática não está pouco se lixando para o que rege nosso país.
Antes de falar mald e qualquer coisa, pense realmente se vale a pena falar mal. Não precisa fazer muita coisa, mas faça valer sua opinião fora do Facebook. Apenas a opinião basta

quarta-feira, 14 de março de 2012

Filosofando: O que te dá sono?

O sono é algo épico da interpretação corporal humana. Na verdade, quase todos os animais dormem. Existem inúmeras explicações científicas para o sono que aqui não vêm ao caso. Quero filosofar um pouco.
Dormir é uma coisa divina que todo mundo ama. Mesmo quando você está numa festa as cinco da manhã, quando você chega em casa bate o sono, mesmo no facebook às sete, alguma hora o sono vem. E o sono é ótimo. Para acordar é aquele sacrifício. E que sacrifício. Cama companheira, cobertor irmão, travesseiro "mano da xurupita", toda justificativa vale. Acordar dá dó até em quem não tem pena de nada.
Mas alguma hora acordamos. E o ato de estar acordado é bom. Quando nos despertamos, nos espreguiçamos, nos sentimos rejuvenescidos para um dia idoso. E a vida prossegue.
Já disse o urso polar: "Delícia de pedra pra dormir gente" 

Quem estuda sabe muito bem o poder maligno de sonífero que uma aula chata e massante tem. E a cadeira se torna algo tão convidativo quanto a cama. Ah, a cama, que seria perfeita companheira naquele momento.
Quem trabalha também sabe o quanto aquele dia sem graça, sem muita coisa interessante e só coisas maçantes, dá aquele soninho. O sono é companheiro em todo lugar.
Sono, sono, sono, dormir, dormir, dormir. Vou parar por aqui que o sono já está vindo.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Curtura i Árti: Creuza

A música brasileira está cheia de refrões inconfundíveis, daqueles que ficam na nossa cabeça (inclusive refrões inesquecíveis já foram tema de um post). Mas no caso da smúsicas na nossa língua, encontramos pérolas que realmente ficam para a história.
As coisas chegaram a um ponto que as pessoas simplesmente não se lembram mais qual é o verdadeiro nome da música, e para piorar, só sabem "aquela" parte.
Tratando-se disso, nessa postagem quero fazer mensão à uma música em especial. Na verdade, se analisarmos a letra dela a fundo, percebe-se que é uma adaptação muito mal feita de uma música em inglês. Mas pelo menos mmuita gente já ouviu: O Amor e o Poder, adaptada de The Power of Love.
Imagino que existem algumas pessoas que leram e não se lembraram que música é. Lá vai um trecho do refrão: "Como uma deusa, você me mantém..." Acho que já é suficiente. Tem gente que vai se perguntar "Como assim o nome da música não é Como uma Deusa?" Pois isso tornou a música uma das mais clássicas da musicalidade do Brasil, ganhando paródias de mais inúmeros tipos. Seu refrão forte se torna engraçado quando cantado por pessoas que não fazem jus ao perfil de "deusa".
Como uma deusaaaaaaa, voce me manteeeeem... ♫
Pois é, é isso que acontece. É muito engraçado isso, a gente escuta uma música e o refrão fica. Daí você encute que aquele refrão é o nome da música. Mas uma pesquisadinha antes é interessante. Mas é muito bom renomear as músicas ao nosso gosto.

PS: Nada contra as Creuzas do meu Brasil, mas... E aí, hoje você está como uma deusa? Ou como uma creuza?

quarta-feira, 7 de março de 2012

A macacada universitária

Como recém matriculado e estudante de jornalismo da Universidade Federal de Goiás (UFG), eu não poderia deixar de falar, em hipótese alguma, das figuras mais irreverentes do maios campus da universidade: os macacos. Sim, esses animais que de longe parecem engraçadinhos, são capazes de fazer coisas que até para a inteligência humana de algumas pessoas são de uma esperteza incalculável.
O Campus II da Universidade, para quem não sabe, possui uma área de mata muito grande, onde o já viviam inúmeros macacos como seu habitat natural. E eles permaneceram lá.
Como assíduos frequentadores do local, eles sempre estão perambulando por aqui ou por ali, olhando para os lados, passeando nas graminhas, entrando nas salas de aula... E pegando coisas!
A coisa ficou tão feia que a reitoria da universidade decidiu inclusive controlar a população dos bichinhos. Mas porque será que eles fazem isso? Foi-se o tempo em que os alunos (e outras pessoas) davam comida aos macacos. E eles se acostumaram a essa vida. É igual ao zoológico: um animal que vive lá não se acostumaria a procurar alimento "naturalmente". E foi isso que aconteceu na Universidade.
Atualmente, há campanhas para conscientizar os alunos e funcionários que não é legal dar comida aos macacos, mas a coisa já está feia. Eles já se acostumaram. Quer fazer o teste? Esqueça seu lanche encima de algum lugar, como quem não quer nada, e se distraia...
Da UFG para o mundo... O MACACO!!!
E isso é só um exemplo. Rezam as lendas universitárias que dentro do bosque vive o Chicão, o macaco-rei dos macacos da UFG. Dizem que os outros macacos roubam comida e outras coisas para levar ao Chicão.
Se isso é verdade? Por enquanto é uma lenda que ronda os corredores. Os frequentadores do bosque deverão responder com mais facilidade (ou com mais dificuldade).
No mais, cuidado com os macacos, aqueles bichos lá não são nada fofinhos, por mais que pareçam. E são mais inteligentes que muita gente por aí.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Os limites do estereótipo

Muita gente já ouviu falar, mas poucos sabem realmente o que é um estereótipo. Mas todos já se passaram por alguma situação em que se envolvesse algum deles.
Vamos do começo, estereótipo, segundo revisão mais atualizada da Wikipédia, "é a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação". Ou seja, um estereótipo é aquela visão simplificada, limitada, de alguma coisa que faz parte da realidade, sem se basear muito no contato real com o objeto do que se fala. Uma visão de forma generalizada de algo que muitas vezes não é geral, ou seja, uma espécie de preconceito, que se torna comum pelo senso comum porque para a sociedade aquilo é mais visto. Mas o que difere o preconceito propriamente dito de um estereótipo é que no segundo caso podem haver circunstâncias reais, pelo fato de ser uma visão verdadeiramente limitada da realidade.
Não entendeu? Darei um exemplo... Uma ideia estereotipada muito conhecida e que você que está lendo pelo menos já ouviu é aquela de que "O Brasil é o país do futebol". Claro, o Brasil é um pais que realmente tem um dos melhores praticantes desse esporte no mundo, e talvez a grande maioria da população goste dele. Mas será que apenas por isso o Brasil é o país do futebol, simplesmente por ser? É como se não existissem outras coisas no Brasil, e essa ideia estereotipada é bastante simples.
Estereótipos podem ser complexos, podem ser mais preconceituosos, como por exemplo "Todos os alemães são nazistas". Nesse caso, reparamos que o estereótipo está marcado ainda mais por um preconceito. Primeiro, porque a Alemanha é um país de mais de mais de oitenta milhões de habitantes, é impossível que esse enorme número de pessoas tenha a mesma ideologia político-social. Segundo, porque o fato de a Alemanha ter possuído um governo nazista não quer dizer que isso seria algo generalizado e que todos devessem ser nazistas. E por último, a ideia é um estereótipo, porque ainda existem pessoas com essa ideologia, não só na Alemanha, mas em todo o mundo.
Outro exemplo clássico de estereótipo é quanto ao gosto musical de uma pessoa. É fácil você sair às ruas e ouvir uma pessoa dizer que todos que escutam rock são do demônio, ou então que toda mulher que gosta de funk é prostituta. Será que todos são mesmo, será que não há um pouco de preconceito no meio disso tudo?
Pense...

Fica a dica, os estereótipos têm limites que devem ser respeitados. Não é porque são um caso a parte de preconceito que eles vão deixar de ser preconceito. Não julgue pela aparência, e nem use o fato de as pessoas te julgarem pela aparência como justificativa. É uma questão de inteligência e educação. Mostre-se capaz de conhecer algo ou alguém antes de julgar. E dê esse exemplo.