domingo, 22 de julho de 2012

Eu só queria uma postagem

Agora, sentado aqui, em frente a um computador, não sei por onde começar. Vejo que as pessoas estão vivendo, encontrando seus momentos. Vejo que a vida que levamos nos leva a um momento chamado morte, que nunca saberemos ao certo quando chegará. A palavra chave para ser um humano normal, e quem sabe, que tenha o mínimo de dignidade dentro dessa imensidão de mundo, é viver. Mas o limite da vida é a morte? E porque morreremos, a gente não deveria sequer ser mais do que somos?
Bom... Eu só queria um postagem nesse blog, para falar de algo que necessariamente pudesse estar de acordo com isso. Mas posso falar da solidão. Estar só, sentado na frente de um computador escrevendo um post para um blog qualquer que sequer tenho previsão de quem poderá ou não ler. Mas... não é isso e nem vem ao caso isso como qualquer tema que pudesse ser delineado aqui, nesse momento.
Sabe, os últimos seis meses foram diferenciados na vida de pessoas que viram seus destinos serem marcados por algo que, dois meses antes, estava pintado de preto em bolinhas pequenas com letras escritas e que no final, como num filme de drama, dá certo, e o sorriso se estampa no rosto de cada um. E essas pessoas se conheceram. Firmaram o olhar uns nos outros para dizerem a si mesmos no próprio subconsciente "agora a gente convive!" E dessa convivência poderiam nascer amizades, poderiam nascer inimizades, poderiam nascer afetos e desafetos que se desenrolariam por não sei quanto tempo, mas que começaria naquele momento em que se viram se conhecendo pelo simples fato de estarem compartilhando, ali, do mesmo desejo de alcançar um futuro em comum. E todas essas pessoas tinham parte dos seus dias como força para conseguir almejar esse futuro, mas participando da convivência que lhes foram atribuídas.
Bondade do tempo? Força religiosa? Milagre, simpatia, gosto, afinidade? Não sei. Só sei que quase todos ali estavam ligados por uma força que venceu qualquer barreira de tempo imposta por pessoas que preferem as convenções do que a vida como ela pode ser, e uma coisa os marcou. Uns pelos outros, diferenças haverão, mas inimizade é a última das últimas alternativas para aquela grande família de jovens em busca de sonhos quase que comuns, ou não, mas que compartilhavam de um dos maiores tesouros da humanidade: a boa convivência. E essa é a prova de que nós, seres humanos, somos capazes sim, de fazer dos nossos próximos pessoas queridas, pessoas ao menos respeitadas, não importando se todos se conhecem há muito ou pouco tempo. 
O que vale é a intensidade, é a capacidade de confiar uns nos outros e dizer: "ao menos respeito existe aqui", e fazer valer, existindo de verdade, combinado com a pureza e sinceridade de considerar todos aqueles ali companheiros em busca de uma vida que leve a um final em que se possa dizer que valeu a pena não estar sozinho todo o tempo.
Eu só queria uma postagem para falar que estar com as pessoas que gostamos, sejam estas em cada círculo de convivência, não impede que momentos solitários sejam bons, ou estar com as pessoas que convivemos de outras maneiras. Mas a gente sente falta dessa convivência que de também tão boa, transformou nossas vidas. Pelo menos de quem acredita que a vida é muito mais do que apenas quem a vive.

Nenhum comentário:

Postar um comentário