domingo, 7 de outubro de 2012

Todos


     Êêh mundo... Quando é que vamos fazer jus ao nome que nos demos: humanos? Ao nome que se tornou significado de algo totalmente oposto ao que vem acontecendo desde que descobrimos que algo pudesse fazer bem: o ego. Mas não estou falando do ego comum, que todos temos, falo do ego que aprendemos a ter, de passar por cima dos outros a qualquer custo, um ego que supera qualquer barreira de algo que deveríamos, como humanos, ter: saber vivenciar o outro. Saber entender que a outra pessoa é tão humana e tem o direito a vida assim como nós mesmos, seja qual for a raça, religião, sexo, tamanho, peso, orientação sexual, nacionalidade, o que for. Já parou para pensar que somos humanos? Somos todos pessoas, da mesma espécie? Já parou para pensar que nenhum outro animal tem a capacidade de matar o outro simplesmente por matar, a não ser por instintos previamente biológico que nós, humanos, não temos? Então, por que ainda matamos? Por que nós temos a capacidade de dominar o outro simplesmente para se sentir melhor? Ninguém é melhor que ninguém. Muitos só estão numa situação de miséria, de falta de conhecimento, ou de qualquer outra coisa porque os poucos estão lá em cima, esbanjando do que essas pessoas sofridas suam todo mês para que eles afundem em seus caríssimos sofás e declaradamente não se importem com ninguém. Ninguém mesmo. Nem com si mesmos, por isso, esse ego que citei no início não é um ego, é uma capacidade de se achar acima, numa importância que só existe nas nossas mentes mal criadas desde sempre. 
     Guerras são ilusões, assassinatos, roubos, individualismo exacerbado... Tudo é ilusão, criada por pessoas durante um processo histórico que poderia ter sido diferente, numa criação de ideologias que infelizmente não colocaram em suas doutrinas o respeito a quem pensa e vive diferente. Mas por que depois de tanto tempo nós não conseguimos evoluir para seres que possam compartilhar da mesma denominação sem distinção imediata de qualquer característica que seja diferente? Por quê? Por quê? Para que destruir a vida de pessoas que não tem nada a ver pessoalmente umas com as outras, só para subir, só para se tornar o melhor de todos, sendo que todos somos humanos, e como humanos, deveríamos colocar o direito de qualquer um acima de qualquer coisa: o direito a vida, a uma vida digna, decente, que possa começar e acabar do jeito que tem que ser, e não do jeito que nós mesmos, desgraçados humanos, nos colocamos, e, pelo jeito, nunca vamos sair, enquanto todos não se lembrarem que, simplesmente, e antes de qualquer diferença, somos humanos. Que coisa! Acho que como eu muitos só queriam um mundo que os humanos entendessem o que todos somos...
     TODOS somos... 

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