sábado, 14 de abril de 2012

Curtura i Árti: Arte de falar

Diga diga diga diga diga. Escute o som de suas cordas vocais. Cante. Fale. Frases, palavras feitas, textos complexos e sons variados. Onomatopeias. Desgraça de mundo sem som? Não, gesticule. Gesticular também é dizer. Olhar é dizer, andar é dizer.
Expresse-se. Comunique-se. Mostre a que veio no mundo. Não deixe de mostrar o que você é. Não deixe. Não deixe mais nada. Deixe tudo! Não.
Cale-se. Acomode-se num canto. Não diga, não escute, não cante, não fale, não gesticule. E seja infeliz, seja sozinho.
Pule, dance, chame a atenção. Grite, esperneie, chore, sorria, bata, xingue. Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje. Não deixe de dizer, não deixe de mostrar. Se exiba.
Não, não se mostre demais, só seja você. Tenha personalidade. Leu? Per-so-na-li-da-de. Sim, com separação silábica.
Sílaba? Conceito urgente de palavra feita? E quem dá conta de ler? São sim, os mesmo que dão conta de falar. Mas por quê? Por que quem dá conta de falar às vezes não dá conta de ler? Não sei.
O mundo se expressa em símbolos, gestos, palavras, cores, sons, vidas, mortes, seres humanos, plantas, animais.
Textos. Uma imagem pode ser um texto. Um filme, um olhar, uma desconsideração de alguém para com o outro. Uma gíria. Gírias também comunicam.
Preconceito alado de quem acha que fala bem, voe logo! Suma daqui, rapaz.
Todos falamos bem, cada um da sua forma: com som, sem som, com palavra, sem palavra, com imagem, sem imagem, quem quer e quem não quer. Dane-se.
Co-mu-ni-que

Coloque algo aí...

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