segunda-feira, 7 de maio de 2012

A falta de sentido faz sentido

Bate o pé no chão e anda. Bate o pé no chão e canta. Abre a boca e canta. Seja, não seja, deixe de ser. Será? Que coisa mais sem graça, seres humanos alfabetizados perdem tempo lendo nada mais nada menos do que um texto sem sentido. Tudo bem, compreendo. Vou chorar, berrar, espernear. To inconformado. To conformado, brincadeirinha, não tem nada demais aqui. O uso anormal do português triste. O uso coloquial de uma falta de coisas sensoriais que o olho vê.
O olho vê. Minha avó vê, meu cachorro vê. A planta vê. Oi? Não, a planta não vê. É claro que ela vê. Ela vê sim,ela não tem olho, tem folha, folha o máximo que faz é respirar. E respirar não é ver? O fluxo de ar saindo e entrando como se fosse algo antinatural e antidepressivo visíveis de forma invisível. É visão.
Um fantasma inesistente. A rainha má cantando sua canção da alegria quando acho que Branca de Neve morreu. Um fingimento basco. Um prostituta que se apaixona por todos os clientes. Uma vaca leiteira que secou. Eu. Você, tendo a noção mais esperta de que ser gente é algo vegetal, e ser vegetal é mais humano que ser qualquer coisa nesse mundo.
No mundo? Há mundo? Que mundo? Essa bola redonda azul que gira em volta de uma bola redonda amarela que brilha e é quente? Trágico. Morte, vida, severina. Opa, modernismo brasileiro? Por acaso eu estava falando de mundo. Que droga. Mais uma vez to sem assunto. E coloquial.
Nada de norma culta. Chega, não temos cultura como tem uma puta. Cansei de ser algo relativo. O ser humano é gradativo. Fracassos existem para fracassar. Frango a fru-fru não é bom pra se assar. Minha vó tem muitas joias, só usa no pescoço. Meu cachorro engoliu o osso.

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